terça-feira, 6 de julho de 2010

Amar - a melhor terapia

Prezados e prezadas,

Uma boa dieta!

Vim dialogar sobre a complexa tarefa da aprendizagem de amar. Digo complexa porque, é inegável a complexidade de que somos constituídos enquanto indivíduos. Pessoas com um jeito único de ser, com uma singularidade, com uma história de vida e um ritmo próprio, inclusive, de aprender. Nenhuma pessoa é igual à outra. Por mais semelhantes que sejamos, nem mesmo os gêmeos univitelinos são iguais, gerados do mesmo óvulo e no mesmo ventre, nem assim são iguais. Nesses casos, possuem uma semelhança tal que, por um conjunto de fatores desenvolvem certas faculdades psíquicas que os tornam mais próximos e identificados em situações incomuns da vida. Contudo, não são iguais. Possuem identidade própria, um universo pessoal, caminhos particulares. Portanto, a capacidade e a aprendizagem de amar, características inerentes aos seres humanos podem ser construídas e aprimoradas por meio das relações que estabelecemos uns com os outros.

Mas, será que é possivel amar, sem amar-se, primeiramente? Segundo uma das máximas de Cristo "ama a teu próximo como a ti mesmo" e, em tempos modernos, a frase do poeta Gonzaguinha na canção Redescobrir, "tudo principia na própria pessoa" (belíssima canção!), eu persisto no questionamento: será possível amar, cultivar o estado de amor sem se tornar objeto desse amor? Um pouco na contra mão de Mário de Andrade, o verbo amar nesta perspectiva é transitivo, pede complemento. Se eu amo, eu amo a alguém, a alguma causa, eu direciono essa energia. E é uma energia poderosa, geradora, regeneradora, criativa, controversa, instigante.

Pois é, a aprendizagem deste verbo, é uma das ferramentas que iremos utilizar para o êxito da minha proposta de dieta. Você já se olhou no espelho hoje, com atenção? O que você viu? Ahá, consegui te provocar? "Ah, Celiana, eu nem tive tempo de olhar direito!" Mas, como você está a utilizar o seu tempo?  Bem, isso é problema seu, obviamente! Agora, se você não presta atenção em si, como vai perceber bem o outro, em qualquer que seja o perfil de relacionamento ou circunstância? Parece bobagem, mas, estar desatento gera tanta confusão!

Por ora, só mais uma provocação. Olhe-se no espelho, preste atenção, goste mais de você, observe seu charme, invista naquilo que tem de melhor. E pare de se comparar! Não precisa ser Angelina Jolie ou Richard Gere, Carlinhos Brown ou Marisa Monte. Não é necessário desmerecer os outros para assumir os talentos. Faça-se uma carícia, dê uma piscada pra si mesmo e diga: estou pronto/a pra começar de novo!

Beijo grande e inté mais!

Celiana